Homofobia

A homofobia (homo= igual, fobia=do Grego φόβος "medo"), é um termo utilizado para identificar o ódio, a aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais e, consequentemente, contra a homossexualidade, e que pode incluir formas sutis, silenciosas e insidiosas de preconceito e discriminação contra homossexuais.


Motivos para a homofobia

Alguns estudiosos e indivíduos comuns atribuem a origem da homofobia às mesmas motivações que fundamentam o racismo e qualquer outro preconceito. Nomeadamente, uma oposição instintiva a tudo o que não corresponde à maioria com que o indivíduo se identifica e a normas implícitas e estabelecidas por essa mesma maioria, nomeadamente a necessidade de reafirmação dos papéis tradicionais de género, considerando o indivíduo homossexual alguém que falha no desempenho do papel que lhe corresponde segundo o seu género.

Algumas pessoas consideram que a homofobia é efetivamente uma forma de xenofobia na sua definição mais estrita: medo a tudo o que seja considerado estranho. Esta generalização é criticada porque o medo irracional pelo diferente não é, aparentemente, a única causa para a oposição à homossexualidade, já que esta atitude pode também provir de ensinamentos (religião, formas de governo, etc.), preconceito, informação ou ideologia (como em comunidades machistas), por exemplo.

Manifestações homofóbicas

O insulto homofóbico pode ir do bullying, difamação, injúrias verbais ou gestos e mímicas obscenos mais óbvios até formas mais subtis e disfarçadas, como a falta de cordialidade e a antipatia no convívio social, a insinuação, a ironia ou o sarcasmo, casos em que a vítima tem dificuldade em provar objetivamente que a sua honra ou dignidade foram violentadas.

Alegadamente, um tipo desses ataques insidiosos mais largamente praticado pelos homófobos (pode dizer-se que em nível mundial, mas com particular incidência nas sociedades mediterrânicas, tradicionalmente machistas)[13] e que funciona como uma espécie de insulto codificado e impune, é o de assobiar, entoar, cantarolar ou bater palmas (alto ou em surdina, dependendo do atrevimento do agressor) quando estão na presença do objecto do seu ataque, muitas vezes perante terceiros. Esta forma de apupar, humilhar, amesquinhar ou intimidar alguém parece ter raízes muito antigas. A Bíblia refere, a respeito do atribulado Job: "O vento leste (...) bate-lhe palmas desdenhosamente e, assobiando, enxota-o do seu lugar" (Job, 27:23). Na Índia rural, "os hermafroditas ou pessoas sexualmente indefinidas anunciam a sua chegada batendo palmas".



Caso general







Por: Profª Victória Bacon

e-mail: victoriabacon2004@hotmail.com





As declarações de general Raymundo Nonato foram feitas nesta quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Para ele, os homossexuais que trabalham nas Forças Armadas devem procurar outra carreira fora dos quartéis. "A maior parte dos exércitos, no mundo inteiro, não admite esse tipo de orientação. Até porque isso coloca dificuldades para a tropa obedecer um indivíduo com esses atributos”, afirmou.



Lamentável tal afirmação. A declaração deste possível ministro do TSM (Tribunal Superior Militar) indicado pelo presidente Lula, traz à tona uma das grandes polêmicas que vem sendo debatido no Senado: a criminalização da prática homofóbica. Mas é relevante observarmos que se um General das Forças Armadas teve a coragem de declarar com tal veemência que é contra o ingresso e permanência de homossexuais nas Forças Armadas, imaginem quantos senhores escondidos nas capas do feudalismo (aos que detêm o poder público) perseguem homossexuais e aos pertencentes à classe GLBT? Eu mesma fui vítima de total discriminação e preconceito que culminou em minha exoneração dos quadros da SEDUC em dezembro/2009 sem o mínimo instrumento de defesa.



O que mais lamenta é que os senadores que compõem a CCJ que tem em sua composição democráticos e com uma trajetória de defesa da população brasileira como Demóstenes Torres, Eduardo Suplicy, Aloizio Mercadante Ideli Salvatti, Pedro Simon e Álvaro Dias terem autorizado que o nome deste senhor possa ser sabatinado em plenário.



Este general, Raymundo Nonato, é com certeza mais um que quer utilizar de seu possível cargo de ministro para poder atacar com todo rigor e voracidade àqueles que são declarados homossexuais. A OAB através de seu presidente declarou na última quinta-feira (04) estar perplexo com as declarações do general e pede aos senadores que não confirmem em plenário o nome do mesmo ao cargo de ministro do TSM.

O difícil é entender as lombadas que a história cria. O maior general que se tem conhecimento era homossexual (mantinha caso com amigos) o macedônico Alexandre O Grande teve vários amores secretos (o que para os tempos de então era uma espécie de luxo com a corpo e com o ego). Entre os macedônios, o amor grego também teve muitos adeptos. Por exemplo, Alexandre, o Grande (356-323 a.C). Seus grandes amores foram Hefestião e o eunuco Bágoas. quando Hefestião morreu, Alexandre foi tomado pelo desespero. Ficou três dias sem nada comer, cortou os cabelos e decretou luto oficial. "Ele preparou um funeral majestoso, dirigindo ele próprio a carruagem fúnebre. Mandou cortar as crinas dos cavalos e das mulas, bem como demolir as seteiras das muralhas das cidades, a fim de que parecesse que até as muralhas mostravam luto". Embora nunca tenha abandonado o eunuco Bágoas, Alexandre casou-se logo depois com uma prisioneira persa, Roxana.

Nem por isto ele deixou de ser o grande militar de todos os tempos. Será lembrado por toda posteridade. Será que será lembrado este general? O que ele fez em prol da nação?



Outro famoso general Júlio César (100-44 a.C.), o mais famoso dos governantes de Roma alimentou uma estreita relação com Nicomedes IV (110-74 a.C.), rei da Bitínia. Comenta-se que o imperador teve sua reputação arranhada por conta disso, e que teria aproveitado o romance para obter vantagens políticas. Contudo, não perdeu poder ou prestígio. Júlio César também costumava atacar mulheres, casadas ou solteiras, romanas ou não. Foi amante de Eunoé, casada com o rei da Mauritânia, e de Cleópatra. Bruto, seu filho adotivo e que ajudou a planejar sua morte, também tinha seus pupilos preferidos.



Quantos por ai, nestes Brasis com atitudes semelhantes ou muito mais feroz, que não chegam ao conhecimento da imprensa nacional não utilizam de seus cargos para perseguirem a classe GLBT? È difícil crer mais este Brasilzão em pleno século XXI o primeiro que começou as manifestações públicas contra a prática homofóbica através das paradas gays em São Paulo e Rio de Janeiro hoje é um dos mais atrasados na questão da igualdade das pessoas em relação a sua orientação sexual.



Pesquisa realizada por um ONG mostrou que o Brasil, entre os países que se declaram democráticos é o que mais discrimina homossexuais em todo planeta. Países conservadores como Israel, por exemplo, já admitem homossexuais em seus quadros.



Por acaso você, leitor, consegue observar um homossexual, travesti ou transexual ocupando cargo de juiz de direito, procurador federal, secretário de estado ou até mesmo de parlamentar? Não claro que não e olha que somos 35 milhões declarados em todo Brasil.



Sabe onde está o maior erro: Na própria classe GLBT que tem de parar de ser hipócrita em suas convicções e começar a agir o quanto antes. Onde há união, força, vontade e determinação as “bestas” homófobas pensam antes de agir ou dar declarações idiotas como deste general.


 Campanha contra homofobia marca o Dia Mundial de Combate à Aids


O Sindicato dos Trabalhadores de Educação em Pernambuco (Sintepe) promoveu, na tarde desta quarta-feira, no Parque 13 de Maio, uma série de atividades lúdicas para estudantes da rede pública do Recife e Região Metropolitana no intuito de chamar a atenção para o Dia Mundial de Combate à Aids, celebrado hoje. Organizada este ano sob o tema Educação sem homofobia, a campanha se concentrou no enfrentamento à discriminação de cunho sexual nas escolas.
Durante o evento, coordenadores do Sintepe e professores das escolas distribuíram informativos, preservativos e o tradicional laço vermelho, símbolo de solidariedade e comprometimento na luta contra o vírus. Os estudantes participaram de esquetes teatrais e oficinas sobre prevenção e enfrentamento à violência e receberam orientações sobre a transmissão do HIV.
A ação do Sintepe tem a finalidade de contribuir para que os alunos da rede pública sejam informados dos meios de prevenção, promoção e atenção a saúde. “Precisamos divulgar a prevenção para evitar a proliferação desta pandemia. E fazer com que os soropositivos não sejam discriminados”, disse Marinalva Lourenço, diretora da secretaria geral do Sintepe e da coordenação do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas(SPE).
A escolha do tema abordado, de acordo com os organizadores do evento, se deu por conta do aumento no número de casos de agressão aos homossexuais. “Levar este assunto para dentro da sala de aula faz com que a violência contra homens que gostam de homens, seja minimizada”, disse Carlos Negromonte, 24, um dos coordenadores da campanha. O evento foi comandado pela drag queen Safira, e teve apoio das secretarias de Educação e de Saúde do estado.
Por Diogo Franco, especial para o DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR